Costumam dizer que, quando um serviço é gratuito, isto se dá em razão de você ser o produto vendido. Na era digital, esta afirmação anda lado a lado ao lucro bilionário dos gigantes tecnológicos.
Temos, por exemplo, a maior rede social do planeta: Facebook. Gratuita para o seu uso, ela permite que pessoas se conectem com facilidade e, ainda, dentro de sua plataforma, acompanhem seus diversos interesses. Mas é esse o seu modelo empresarial?
Em outras palavras, é através do uso do Facebook que a empresa aufere lucro?
De certo modo, sim. Porém, isto se dá em razão dos dados angariados dos usuários, desde os mais inócuos, como idade e escolaridade, aos mais invasivos, como localização atual e websites visitados. Some-se a tais dados uma capacidade gigante de armazenamento e tratamento destes dados, e a imagem do lucro do Facebook se torna cristalina: é você o produto vendido.
Isto é, você e os outros bilhões de usuários. Recentemente, a Apple desenvolveu a opção de bloquear que aplicativos rastreiem suas atividades sem que haja a expressa permissão para tanto. Esta funcionalidade é um grande avanço na luta à favor da privacidade.
A Lei Geral de Proteção de Dados visa obrigar que empresas que tratam você como mercadoria cumpram uma série de exigências para garantir sua segurança.
É este o momento do consumidor se empenhar em buscar sua privacidade. É este, também, o momento do empresário, - mesmo o de pequeno porte - que mantém um banco de dados de seus clientes, buscar se adequar às novas normas.
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